Edu
Achei que esse seria um tema interessante pra comentar. Os textos abaixo foram tirados de um site (que está mencionado abaixo). Fala sobre o existencialismo, sobre os filósofos que divulgaram essa corrente de pensamento e que me motivaram de alguma forma. Seja durante meus anos de psicoterapia, seja pela minha leitura e compreensão medíocre do seu significado.


O Existencialismo difundiu-se como o pensamento mais radical a respeito do homem na época contemporânea. Surgiu em meados do século XIX com o pensador dinamarquês Kierkegaard e alcançou seu apogeu após a Segunda Grande Guerra, nos anos cinqüenta e sessenta, com Heidegger e Jean-Paul Sartre. A corrente existencialista assimilou ainda uma influência da fenomenologia cuja figura principal, Husserl, já citado, propõe a descrição dos fenômenos tais como eles parecem ser, sem nenhum pressuposto de como eles sejam na verdade. Para o existencialismo, a fenomenologia de Husserl significou um interesse novo no fenômeno da consciência.Reunindo as sínteses do pensamento de cada um desses filósofos podemos listar os postulados principais dessa corrente filosófica que são:

1. A primeira é o ser humano enquanto indivíduo, e não com as teorias gerais sobre o homem. Há uma preocupação com o sentido ou o objetivo das vidas humanas, mais que com verdades científicas ou metafísicas sobre o universo. Assim, a experiência interior ou subjetiva - e aí está a influência da fenomenologia - é considerada mais importante do que a verdade "objetiva", um fundamento igual à da filosofia oriental.

2. O homem não foi planejado por alguém para uma finalidade, como os objetos que o próprio homem cria, mediante um projeto. O homem se faz em sua própria existência.

3. O mundo, como nós o conhecemos, é irracional e absurdo, ou pelo menos está além de nossa total compreensão; nenhuma explicação final pode ser dada para o fato de ele ser da maneira que é;

4. A falta de sentido, a liberdade conseqüente da indeterminação, a ameaça permanente de sofrimento, da origem à ansiedade, à descrença em si mesmo e ao desespero; há uma ênfase na liberdade dos indivíduos como a sua propriedade humana distintiva mais importante, da qual não pode fugir.

Heidegger e Sartre foram os dois mais importantes filósofos da corrente existencialista. Ambos foram profundamente influenciados pela filosofia de Edmund Husserl, a fenomenologia, e desenvolveram um método fenomenológico como base de suas respectivas posições filosóficas.

Sartre contribuiu com mais pensamentos sobre a liberdade e chefiou dentro do movimento uma corrente ateísta.Para Jean-Paul Sartre (1905-1980), a idéia central de todo pensamento existencialista é que a existência precede a essência. Não existe nenhum Deus que tenha planejado o homem e portanto não existe nenhuma natureza humana fixa a que o homem deva respeitar. O homem está totalmente livre é o único responsável pelo que faz de si mesmo. E são para ele, assim como havia colocado Kierkegaard, esta liberdade e responsabilidade é a fonte da angústia,Sartre leva o indeterminismo às suas mais radicais conseqüências. Porque não há nenhum Deus e, portanto nenhum plano divino que determina o que deve acontecer, não há nenhum determinismo. O homem é livre. Não pode desculpar sua ação dizendo que está forçado por circunstâncias ou movido pela paixão ou determinado de alguma maneira a fazer o que ele faz.

(Cobra, Rubem Q. - Existencialismo. Site www.cobra.pages.nom.br, Internet, Brasília, 2001.).

Desde pequeno, fui incentivado a pensar em todas as circunstâncias, assuntos e comentários familiares. Talvez seja essa a "causa" do meu pensar incansável e tentar o entendimento quase racional e cartesiano que tenho.

Várias vezes me deparo com atitudes e pensamentos absolutamente concretos. Do tipo, para cada ação existe uma reação. Talvez o hábito de pensar assim me leve a essas atitudes. Entretanto, fiz vários anos de terapia existencial, fenomenológica. Talvez uma tentativa de equilibrar esse meu lado concreto com a abstração que é característica principal de meu signo solar, Aquário.

A missão mais complicada nessa cabecinha foi a de tentar desvincular meu passado, minhas experiências passadas e assumir que a destinação das nossas vidas está mais do que nunca ligada a forma de viver do presente. As influencias diárias que nos transformam, que nos fazem mudar nossos rumos e que por mais que as desprezemos, (ou assim pensamos), acabam transformando nossa maneira de agir de pensar.

Ó Sartre, será que daria pra você simplificar um pouco ? rss Seria tão mais fácil a gente culpar uma determinação genética e/ou social para que a gente assumisse um comportamento linear, palpável e quase previsível. Odeio você e o Heideger, que me forçam a pensar e agir de forma diferente e ter de me confrontar com minha liberdade absoluta de pensamento e comportamento. (risos).

Não vou nem mencionar a parte que fala da angústia pelo futuro. Já seria abusar demais da vossa paciência.Quem quiser comentar, feel free. Se não entendeu, eu desenho. Mas já vou avisando que sou péssimo em desenho. Até uma casinha com chaminé e fumacinha não sai lá essas coisas. Ah, e não esqueça que sou daltônico... A árvore certamente estará com as cores invertidas

Beijos

Edu =]
1 Response
  1. Anonymous Says:

    Sartre não poderia facilitar mesmo...rs...daí o insisto...kkk...mas quem não facilita na realidade somos nós mesmos. Já diziam os alemães : "pra que facilitar se podemos complicar"(muitos risos).Mas a beleza mora aí; ao não facilitarmos, insistimos e insistimos porque não facilitamos...quem vem primeiro? Tomara que continuemos a insistir porque se não não haveria por quês....
    beijo enorme